Apenas 30% dos produtos alimentícios estão atualizados com nova regra
Nova realidade ainda não parece ter chegado às prateleiras dos supermercados.
Os rótulos dos alimentos que contêm alto teor de sal, gordura saturada e açúcar adicionado passaram a necessitar de destaque especial a partir desta terça-feira, 10 de outubro de 2023. O Governo tem imposto estas mudanças com o objetivo maior de oferecer transparência ao consumidor a respeito do conteúdo nutricional dos alimentos.
Embora as novas regras tenham sido divulgadas e aprovadas há três anos, e o prazo de adequação tenha terminado na última segunda-feira, dia 9 de outubro, ainda é notório um número consideravelmente baixo de produtos com rótulos atualizados, de acordo com estudos realizados pela Universidade de São Paulo (USP) e pelo Instituto Brasileiro de Defesa do Consumidor (Idec).
Que impacto a nova regra tem nas escolhas do consumidor?
Esta mudança nos rótulos dos alimentos tem como principal objetivo auxiliar o consumidor durante seu processo de escolha, trazendo à tona informações importantes que muitas vezes acabam sendo mascaradas por alegações de benefícios. Com isso, é possível fazer escolhas mais conscientes em relação à sua própria saúde e à de sua família.
Segundo os dados apresentados pela USP e pelo Idec, apenas 30% dos alimentos que deveriam ter obrigatoriamente o novo selo estavam adequados até setembro de 2022. No caso das bebidas, como sucos e refrigerantes, apenas 5% possuíam os rótulos de acordo com as novas diretrizes.
Qual o futuro da adequação?
Os pequenos produtores possuem até outubro de 2024 para se adequarem às novas normas de rotulagem. Porém, aquelas empresas que produzem bebidas em embalagens retornáveis possuem um prazo ainda maior, podendo se adaptar às modificações até outubro de 2025.
Na última sexta-feira, dia 6 de outubro de 2023, a Anvisa anunciou que a nova rotulagem “está em fase de implantação e adequação dentro do prazo previsto pela norma”. Sendo assim, espera-se que o processo de adequação ganhe velocidade em breve, e que os consumidores possam usufruir dessa maior transparência no que diz respeito à rotulagem dos alimentos e bebidas.