Processo que pode cassar mandato de Moro é julgado nesta segunda (1º)

O TRE-PR (Tribunal Regional Eleitoral do Paraná) inicia nesta segunda-feira (1º) a análise do processo que pode vir a determinar o destino político do senador Sergio Moro, ex-juiz notório por sua atuação na Operação Lava Jato, acusado de caixa 2, abuso de poder econômico e uso impróprio dos meios de comunicação durante sua campanha de 2022.

A expectativa por parte de políticos de diversas esferas é de uma possível cassação de Moro. Tal acontecimento não somente impactaria sua carreira política, como também abriria dispensas para a ambicionada vaga no Senado, acirrando conflitos e alianças entre grandes partidos, como PT, PL e Podemos.

A acusação se sustenta em provas coletadas durante a investigação, apontando para uma série de irregularidades que podem comprometer seriamente a legitimidade de sua eleição para o Senado pelo Paraná. O processo, composto por três sessões de julgamento, é marcado pela participação de sete juízes que terão a responsabilidade de decidir o futuro político de Moro.

Quem ocupa a cadeira de Moro no Senado em caso de cassação

A eventual cassação de Sergio Moro desencadeia automaticamente uma disputa pela sua substituição. Diversos nomes já se posicionam como potenciais candidatos para ocupar a vacância, incluindo membros do PT, PL e até representantes do Podemos e do PP. Destacam-se não apenas políticos em busca de reinserção na esfera federal, mas também figuras novas que veem na possível eleição uma oportunidade de emergir no espaço legislativo nacional.

Independente do resultado do julgamento, as repercussões serão sentidas em diferentes níveis, desde a credibilidade das instituições judiciais até as estratégias políticas adotadas pelos partidos para as próximas eleições.

Nas últimas semanas, Sergio Moro tem se movimentado pela candidatura de sua mulher, a deputada federal Rosangela Moro (União Brasil-SP). Para isso, a parlamentar mudou o domicílio eleitoral pela segunda vez – a primeira foi em 2022, às vésperas do prazo final para as candidaturas.

A definição sobre o caso de Sergio Moro promete não apenas determinar seu futuro político, mas também realinhar forças dentro da política paranaense e nacional. Alas do PT recorreram ao TRE afirmando que Rosangela comete “estelionato eleitoral” e lesa os eleitores de São Paulo. A deputada nega.

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