A Secretaria de Saúde do Distrito Federal (SES-DF) adotou medidas de segurança adicionais para aplicação de vacina contra a dengue, alinhadas às orientações do Ministério da Saúde (MS). Agora, crianças e adolescentes com idade entre 10 e 14 anos, após serem vacinados, devem permanecer na unidade de saúde por cerca de 15 minutos antes de serem liberados.
Aqueles com histórico de reações alérgicas graves serão mantidos por um período de 30 minutos. A introdução de tais medidas vem após a ocorrência de reações alérgicas à vacina em seis jovens, dos quais dois são residentes do Distrito Federal. A SES-DF, ao anunciar as novas diretrizes, reforçou que todas as unidades de saúde têm recursos para lidar com quaisquer reações alérgicas de forma rápida e eficiente.
Orientações sobre histórico de alergias
Os jovens serão orientados sobre o histórico de alergias enquanto permanecem no local para observação após a vacinação. Além disso, foi estabelecido que o imunizante para outras doenças só pode ser administrado após 24 horas da aplicação da vacina contra a dengue. A Secretária de Saúde do DF, Lucilene Florêncio, tranquilizou a população, destacando a raridade desse tipo de evento.
A vacinação age como um preventivo contra a doença, reduzindo o risco de hospitalização e morte. Gabriel Farias da Cruz, gerente da Unidade de Terapia Intensiva Pediátrica do Hospital Icaraí e HCSG, além de membro da Sociedade Brasileira de Pediatria e da Associação de Medicina Intensiva Brasileira, destaca isso, alertando também para o uso indevido de medicamentos pré e pós-vacinação sem prescrição médica.
Na última quinta-feira, o Ministério da Saúde se reuniu com instituições, como a Câmara Técnica de Assessoramento em Imunização (CTAI) e o Comitê Interinstitucional de Farmacovigilância de Vacinas e Outros Imunobiológicos (Cifavi), para discutir a questão. O Ministério solicitou uma investigação para compreender as causas dessas reações e prometeu uma nota técnica com orientações para a imunização.
Atualmente, a única vacina contra a dengue disponível no mercado é produzida pelo laboratório japonês Takeda. Outros imunizantes estão em processo de desenvolvimento, incluindo uma vacina do Instituto Butantan, que, de acordo com a instituição, exibe eficácia satisfatória.