NASA está se preparando para aproximação de asteroide com a Terra

A rocha espacial pode representar um grande perigo ao nosso planeta; entenda

Daqui alguns anos, mais especificamente em 2029, o asteroide batizado de 99942 Apophis chegará a 32 mil quilômetros da superfície da Terra, permitindo que os astrônomos tenham uma chance de ouro para investigar de perto o corpo celeste que já foi uma grande ameaça ao nosso planeta.

Ao chegar mais perto do que alguns dos satélites artificiais na órbita da Terra, a pedra especial deve ficar visível no Oriente sem a necessidade de um telescópio ou binóculos. Cinco anos antes da aproximação, cientistas têm proposto missões para estudar o asteroide no workshop Apophis T-5 Years: Knowledge Opportunity for the Science of Planetary Defense (Apophis T-5 Anos: Oportunidade de Conhecimento para a Ciência da Defesa Planetária, em tradução livre), organizado pela Agência Espacial Europeia (ESA).

Já a NASA, a agência espacial dos Estados Unidos, por sua vez, tem uma visita planejada à rocha cósmica: a missão OSIRIS APEX, que vai reaproveitar o amostrador de asteroides conhecido como OSIRIS-REx (quando coletou amostras do asteroide Bennu).

Espera-se que a atração gravitacional do nosso planeta altere a órbita do asteroide, mude como e quão rápido ele gira em seu eixo e, possivelmente, cause terremotos ou deslizamentos de terra que alterarão sua superfície“, explica a NASA sobre a missão. Resumidamente, a OSIRIS-APEX permitirá que os cientistas da Terra observem essas alterações.

Além disso, a espaçonave enviada ao asteroide mergulhará em direção à superfície — o Apophis é entulhado de pedras, sendo feito de material silicatado e misturado com níquel metálico e ferro — e acionará seus motores para levantar rochas soltas e poeira. “”Essa manobra dará aos cientistas uma espiada na composição do material logo abaixo da superfície do asteroide“, disse a agência espacial estadunidense.

Segundo o site Space News, no workshop da ESA, companhias privadas propuseram outras missões ao asteroide. A ideia da Blue Origin (empresa chefiada por Jeff Bezos), por exemplo, é usar a espaçonave Blue Ring para entregar até 13 cargas úteis, totalizando até duas toneladas métricas ao Apophis, lançando em 2027 e se aproximando do alvo pouco antes de sua aproximação máxima da Terra.

NASA seguirá observando o asteroide

Outra linha de estudo da NASA é a missão DROID (siga em inglês para Observações de Radar Distribuídas de Divisões Interiores), projetada pelo Laboratório de Propulsão a Jato (JPL). “A arquitetura da DROID exige um lançamento dedicado de três espaçonaves: uma nave-mãe da classe ESPA Grande e dois CubeSats“, explica o JPL em uma de suas propostas.

Neste caso, a nave-mãe transporta os CubeSats para Apophis, alcança a trajetória de cruzeiro de encontro, captura imagens de alta resolução com uma câmera de ângulo estreito e atua como um nó Direct-to-Earth (DTE) para a constelação.

Coletando informações

De acordo com a descrição dada pelos cientistas, uma vez que as características físicas da rocha espacial (forma, rotação, campo gravitacional) sejam devidamente reunidas, a nave-mãe implanta ambos os CubeSats, que carregam um câmera grande angular e radar de baixa frequência e se inserem em órbita baixas coordenadas para realizar observações de radar monoestático e bistático.

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