Grandes empresas que entraram em falência no Brasil em 2023

Em 2023, o Brasil viu um aumento significativo no número de grandes empresas declarando falência ou recorrendo à recuperação judicial.

Em 2023, o Brasil testemunhou uma série de grandes empresas entrando em falência ou buscando a proteção da recuperação judicial. O ponto de partida desse turbilhão foi o escândalo envolvendo a Americanas (AMER3), que desencadeou um verdadeiro efeito dominó. Em questão de meses, várias marcas emblemáticas seguiram o mesmo caminho, forçadas a pedir ajuda ou encerrar suas operações.

O caso da Americanas é notavelmente singular, já que envolveu irregularidades contábeis que se acumularam ao longo de anos. Por outro lado, outras empresas enfrentaram desafios relacionados à situação macroeconômica do Brasil. A combinação de altas taxas de juros e inflação corroeu o poder de compra dos consumidores, tornando a vida dos empresários mais difícil devido ao encarecimento do crédito e das dívidas.

O “efeito Americanas” foi inegável e espalhou uma sensação de incerteza em todo o mercado, reduzindo o acesso ao financiamento. Além disso, o temor de um colapso no sistema bancário internacional contribuiu para um clima de apreensão, fazendo com que todos aguardassem ansiosamente para ver o que aconteceria a seguir.

Varejo

À medida que os investidores aguardam com expectativa, as contas das empresas continuam a se acumular. Com seus cofres cada vez mais vazios, algumas não tiveram alternativa senão buscar socorro financeiro ou encerrar suas atividades. Para o setor de varejo, a situação é especialmente delicada, uma vez que é altamente competitiva e depende do capital de giro para manter suas lojas funcionando e realizar investimentos.

Vários casos se destacaram ao longo deste ano. A Oi (OIBR3), que mal havia saído de uma recuperação judicial prolongada, precisou entrar com um segundo pedido de recuperação. A empresa enfrenta uma dívida massiva de R$ 35 bilhões e uma relação tensa com seus credores.

O Grupo Petrópolis, conhecido pela cerveja Itaipava, também entrou com pedido de recuperação judicial devido a uma dívida significativa de R$ 4,4 bilhões, com urgência para pagar uma parcela de R$ 105 milhões. A alta dos juros e a concorrência acirrada agravaram a situação.

Falência

A Amaro, uma varejista, solicitou recuperação extrajudicial com dívidas totalizando cerca de R$ 244 milhões. A empresa estava prestes a receber um investimento em 2022, mas a piora das condições de mercado frustrou esses planos.

A Livraria Cultura, icônica para os amantes da literatura, também entrou com um pedido de falência no início do ano. Questões como a evasão de clientes, queda nas vendas e custos elevados contribuíram para o colapso do setor.

A Pan, fabricante de chocolates conhecida por seus cigarrinhos e moedas de chocolate, decretou falência após enfrentar dificuldades em seu processo de recuperação judicial iniciado em 2020. A pandemia agravou ainda mais a situação.

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