Bradesco sofre grave acusação durante a CPI da Americanas

A Americanas, uma das maiores varejistas do Brasil, recentemente emitiu uma resposta contundente às acusações feitas pelo banco Bradesco e pelo ex-CEO da empresa, Miguel Gutierrez. Essas acusações surgiram em meio a um caso complexo que envolve supostas fraudes fiscais e se tornaram uma das questões mais graves da história do mercado corporativo brasileiro. O embate entre as duas partes ganhou destaque na mídia e tem atraído a atenção tanto do público quanto dos investidores.

A origem desse conflito remonta a uma ação movida pelo Bradesco no início de 2023, na qual o banco busca antecipar a produção de provas relacionadas à suposta fraude fiscal. De acordo com informações divulgadas pelo jornal O Globo, a Americanas respondeu a essas acusações afirmando que o Bradesco e Miguel Gutierrez teriam colaborado de maneira duvidosa, com o objetivo de prejudicar o grupo.

As acusações foram embasadas em cópias de e-mails obtidos por meio de uma investigação interna conduzida pela Americanas. Esses e-mails, que vieram à tona durante o desenrolar do caso, revelaram que Gutierrez questionou a legitimidade da auditoria interna realizada na época pela empresa PwC. A Americanas se amparou nessas mensagens para contestar as alegações do Bradesco e do ex-CEO.

Impasse

No comunicado dirigido à Justiça de São Paulo, a Americanas enfatizou que Gutierrez não apresentou contraprovas em nenhum momento para os documentos e fatos que foram apresentados à Comissão Parlamentar de Inquérito (CPI) em junho de 2023. Essa CPI foi criada especificamente para investigar o caso, e suas descobertas trouxeram à tona informações adicionais que a Americanas utilizou para sustentar sua posição.

Gutierrez, que atualmente se encontra em Madri, foi acusado pela atual gestão da Americanas de ter ocultado o rombo bilionário nas finanças da empresa, revelado no início do ano. Em depoimentos à Comissão de Valores Mobiliários (CVM) e à Polícia Federal (PF), ele alegou que as decisões estratégicas eram tomadas com o consentimento dos principais acionistas de referência da Americanas, incluindo Carlos Alberto Sicupira.

Todo esse impasse se desenrola em um cenário marcado por eventos dramáticos na história da Americanas. A empresa entrou em recuperação judicial em janeiro de 2023, alegando uma dívida de mais de R$ 40 bilhões. Paralelamente a esse processo, veio à tona a revelação de “inconsistências contábeis” no balanço da empresa, que totalizavam R$ 20 bilhões. Essa expressão foi inicialmente usada como um eufemismo para se referir à fraude.

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