‘Brasil não precisa de Inteligência Artificial’, diz Lula durante evento

Na última quinta-feira (4), durante sua visita a Goiana, Pernambuco, o ex-presidente Luiz Inácio Lula da Silva anunciou um ambicioso plano nacional para promover o uso da Inteligência Artificial (IA) no Brasil. O plano visa mobilizar cientistas e pesquisadores brasileiros a apresentarem um projeto de IA até meados de junho deste ano.

Lula fala sobre IA

Durante a inauguração da primeira unidade fabril de produção nacional do medicamento fator VIII recombinante, no Complexo Industrial da Hemobrás, Lula destacou a capacidade inata do povo brasileiro em enfrentar desafios sem a necessidade de IA.

Ele afirmou: “Todo país do mundo pode precisar de inteligência artificial. Agora um país que tem um povo da qualidade do povo brasileiro, um povo que é capaz de contar piada da pior desgraça, que sofre com futebol, Carnaval, com a fome, esse povo que consegue sobreviver ganhando muitas vezes um salário mínimo, não precisa de inteligência artificial porque é suficientemente inteligente para dar a resposta que nós precisamos“.

O plano está sendo elaborado pelo Ministério da Ciência e Tecnologia, sob a liderança da ministra Luciana Santos. Lula enfatizou a importância de o Brasil não ficar dependente de outros países no desenvolvimento da IA: “O Brasil não tem que ficar esperando ajuda dos Estados Unidos, da Rússia, da China, da Alemanha ou do Japão, ou a gente [vai] ficar vendo eles se desenvolverem mais do que nós na questão da inteligência artificial“.

Além do anúncio do plano nacional de IA, também será debatido o Projeto de Lei (PL) 2338/2023, que regulamenta o uso da IA no país. O debate está marcado para a próxima segunda-feira (8), às 14h30, no programa “Conversa com Especialistas”, uma parceria entre o Instituto Legislativo Brasileiro (ILB) e a Consultoria Legislativa da Casa, apresentado pelo presidente do Senado, Rodrigo Pacheco.

Esse movimento busca impulsionar a pesquisa, o desenvolvimento e a adoção da Inteligência Artificial no Brasil, estimulando a inovação e a autonomia tecnológica do país em um cenário global cada vez mais competitivo no campo da tecnologia e ciência da computação.

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