Cervejaria amada pelos brasileiros está sendo acusada de trabalho escravo

Esse levantamento foi realizado pelo Ministério do Trabalho e Emprego (MTE), que é responsável por compartilhar os dados relacionados a esses empregadores.

A lista de empresas e empregadores envolvidos em casos de trabalho escravo no Brasil foi atualizada recentemente pelo Governo Lula, revelando um total de 204 novos nomes adicionados à lista. Entre as novas marcas inseridas nessa lista preocupante, encontra-se uma cervejaria muito popular entre os brasileiros. Esse levantamento é realizado pelo Ministério do Trabalho e Emprego (MTE), que é responsável por compartilhar os dados relacionados a esses empregadores.

De acordo com a chamada “lista suja” do trabalho escravo, os estados que apresentam o maior número de empregadores envolvidos nesse tipo de prática são: Minas Gerais (37), São Paulo (32), Bahia e Piauí (14), Maranhão (13) e Goiás (12). As atividades econômicas que mais frequentemente estão associadas a esse tipo de serviço incluem a produção de carvão vegetal, a criação de bovinos para corte, serviços domésticos, o cultivo de café e a extração e britamento de pedras.

Além da cervejaria, diversas outras empresas também foram incluídas na lista, totalizando 473 estabelecimentos envolvidos em trabalho análogo à escravidão. Esta é a maior atualização já feita na lista desde sua criação em novembro de 2003, representando a maior inserção de nomes até o momento.

Trabalho escravo

A cervejaria que ganhou notoriedade por estar presente na “lista suja” é a Cervejaria Kaiser, atualmente sob a gestão do Grupo Heineken. A inclusão da empresa na lista se deve a um grupo de motoristas que prestava serviços para o grupo.

Em 2021, esses profissionais foram resgatados de situações de trabalho extremamente exaustivas. Segundo informações divulgadas pela Repórter Brasil, a ação fiscal sobre a transportadora Sider resultou no resgate de 23 trabalhadores em áreas do interior de São Paulo, nas cidades de Jacareí e Limeira.

A situação desses trabalhadores era alarmante, uma vez que suas jornadas de trabalho não incluíam descanso semanal remunerado, e muitos deles recebiam salários tão baixos que mal tinham condições de manter uma residência fixa. Em algumas situações, os próprios trabalhadores eram forçados a viver nos caminhões da empresa. Na época, a empresa divulgou uma nota afirmando que respeitava a legislação e que estava tomando medidas para apoiar os trabalhadores.

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