Astrônomos de todo mundo se preparam para um explosão solar perto da Terra

O evento é aguardado com ansiedade pelos pesquisadores por conta de sua raridade

Dentro dos próximos meses, uma nova explosão solar acontecerá relativamente próxima do nosso planeta, o que tem feito astrônomos profissionais e amadores de todo mundo se prepararem para esse evento cósmico único. Isso porque esses fenômenos acontecem em sistemas estelares binários formados por uma anã branca e outra estrela maior. 

Neste sentido, a força gravitacional da anã branca rouba hidrogênio de sua companheira, aumentando sua pressão e calor, até eventualmente desencadear uma explosão que mandará pelo espaço todo esse material acumulado. No final dessa explosão, a anã branca segue intacta, e o ciclo de rouba de material se inicia novamente, em um processo que pode durar de algumas dezenas de anos ou centenas de milhares.

Inclusive, existem algumas novas que possuem ciclos curtos, que podem ser observadas durante a escala de vida humana, mas além de elas não serem muito frequentes, elas também não costumam acontecer muito perto da Terra. No entanto, não é essa que acontecerá nos próximos meses no sistema estelar chamado de T Coronae Borealis, ou T CrB. Além dele estar relativamente perto do nosso planeta, seu ciclo dura cerca de 80 anos.

Pequenos detalhes

  • 1. O sistema T CrB está localizado na Constelação de Corona Borealis, ou Coroa do Norte;
  • 2. Ela é formada por estrela anã branca e uma gigante vermelha, localizada a cerca de 3 mil anos-luz de distância da Terra;
  • 3. Geralmente, o sistema estelar fica escondido nas profundezas do céu noturno, mas a nova será tão brilhante, que poderá ser vista a olho nu.

Telescópios a postos

O primeiro avistamento da nova da T CrB aconteceu no ano de 1217, quando um homem chamado Burchard, da Alemanha, viu uma estrela que brilhou fortemente durante algum tempo. A última vez que a explosão foi vista foi em 1946, pelas contas, setembro de 2024 é quando ela poderá surgir novamente.

De acordo com a NASA, a agência espacial dos Estados Unidos, telescópios como o Fermi, o James Webb, o NuSTAR, e poderosos radiotelescópios irão observar o evento a partir de espectros de luz visível e não-visível, coletando dados do início da explosão, do seu pico e declínio. 

Como é de se imaginar, os astrônomos estão animados com a oportunidade de observação do evento, isso porque, desde a última vez que a nova aconteceu, diversas tecnologias e telescópios foram inventados, o que permitirá dados incríveis da explosão. Por exemplo, imagens de raios gama e a identificação da organização de ondas eletromagnéticas são coisas novas que permitirão entender melhor o ciclo de vida nesses sistemas estelares binários.

Além disso, existe uma chance da explosão não acontecer em setembro como previsto pelos pesquisadores, no entanto, os sinais apontam que sim. Caso realmente aconteça, a nova deverá ser visível por cerca de uma semana.

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