Proposta dos aplicativos de corrida não agrada os motoristas e greve geral pode acontecer

A proposta dos aplicativos de corrida em relação à regulamentação dos trabalhadores por aplicativo não conseguiu agradar os motoristas e entregadores, gerando um clima de tensão e incerteza em relação ao futuro da categoria.

A reunião que ocorreu entre representantes das empresas, como Uber, 99 app e Rappi, e trabalhadores por aplicativo não resultou em consenso, e um prazo até o dia 12 de setembro foi estabelecido para que as empresas apresentem uma nova proposta.

No encontro, a Associação Brasileira de Mobilidade e Tecnologia (Amobitec) e o Movimento de Inovação Digital (MID), que representam empresas, fizeram suas propostas, mas foram duramente criticadas pelos representantes dos trabalhadores.

A Amobitec propôs valores como R$ 21,22 por hora para motoristas de carros de transporte de passageiros e R$ 12,00 para entregadores de moto. Enquanto isso, a MID ofereceu um ganho mínimo de R$ 17,00 por hora para motoristas de aplicativos, com variações para entregas de acordo com o modal utilizado.

Propostas não agradam os trabalhadores

As propostas das empresas foram consideradas insuficientes e inconvenientes para os trabalhadores, que buscavam um ganho mínimo de R$ 40,09 por hora online pelo aplicativo. A diferença entre esses valores gerou um impasse, levando a ameaças de greve geral por parte dos trabalhadores. Caso não haja um acordo até o prazo estipulado, as categorias envolvidas podem promover uma paralisação nacional como forma de protesto.

Os trabalhadores também exigiram maior transparência por parte das empresas, solicitando que detalhassem os custos de trabalho dos motoristas e entregadores. Embora as entidades tenham atendido a essa solicitação e tenham apresentado indenizações por desgaste, inclusão na previdência social e estimativas de gastos com equipamentos e combustível, o ponto central de discórdia ocorreu devido ao valor a ser repassado aos trabalhadores pelas plataformas.

A reunião, conforme o secretário Nacional de Economia Popular e Solidária Gilberto Carvalho, foi descrita por discussões acaloradas, mas também claras e francas. Ele ressaltou que as negociações entre patrões e trabalhadores, bem como entre governo e empresas, continuarão intensas até o limite de dados exigido.

Apesar das intervenções naturais decorrentes dos interesses conflitantes, a perspectiva é de que um acordo seja alcançado, segundo as declarações do secretário.

Vale lembrar que os valores apresentados até o momento representam apenas os mínimos propostos. Os trabalhadores ainda poderão alcançar ganhos superiores com base nas atividades realizadas nas plataformas.

Deixe uma resposta

Seu endereço de email não será publicado.