O Disney+ está seguindo os passos da Netflix ao decidir acabar com o compartilhamento de senhas entre contas. O CEO da Disney, Bob Iger, confirmou que a empresa está ativamente explorando maneiras de combater esse problema, que permite que várias pessoas dividam uma mesma conta, mesmo morando em lugares diferentes.
Iger revelou que a intenção é implementar esse sistema em algum momento de 2024, embora nem todas as medidas sejam ativadas simultaneamente. Uma abordagem semelhante foi adotada pela Netflix, pioneira nesse campo, no início deste ano. Países como o Brasil registraram uma queda inicial de assinantes devido a essa mudança, no entanto, o resultado geral foi um aumento na quantidade de membros na plataforma.
O CEO explicou que a empresa já possui a capacidade técnica para monitorar essa situação com detalhes significativos. Ele não deu um número exato, mas afirmou que o compartilhamento de senhas é uma questão considerável para a empresa.
Queda drástica de assinaturas
Apesar do aumento geral de receita de 4% nos resultados financeiros da Disney para o trimestre encerrado em julho de 2023, a situação no segmento de streaming não foi tão positiva. O Disney+ perdeu 300 mil assinantes nos Estados Unidos e no Canadá, totalizando 46 milhões de inscritos. A situação na Índia também foi desafiadora, com a perda de direitos de transmissão do críquete resultando em 12 milhões de clientes a menos.
Na mesma data em que foram divulgados os resultados fiscais, a Disney anunciou um aumento nas mensalidades nos Estados Unidos. O plano sem anúncios do Disney+ teve um aumento de 27%, alcançando US$ 13,99, enquanto a Hulu subiu para US$ 17,99 (um aumento de 20%). As modalidades com propaganda permaneceram inalteradas, uma vez que são importantes para manter uma fonte contínua de receita.
No Brasil, as assinaturas dos serviços Disney+ e Star+ já passaram por um reajuste em abril, evidenciando uma tendência global de ajuste de preços para lidar com os desafios do mercado de streaming.