Chefão do YouTube revela 3 desafios que a empresa está enfrentando

Sem sombra de dúvidas o YouTube é um ponto de encontro entre criadores de conteúdo, anunciantes e espectadores. Contudo, para o CEO da plataforma, Neal Mohan, a companhia se encontra no meio de uma mudança geracional na criação e consumo de vídeos.

Seguindo essa linha de raciocínio do executivo, o YouTube encara um mercado cada vez mais fragmentado. Para evitar um colapso, Mohan tem tomado algumas decisões para agradar as três frentes do modelo de negócio da empresa.

Espectadores

Começando pelos internautas, o YouTube não compete apenas com as redes sociais, tendo em mente que a plataforma de vídeos é concorrente direta de diversas mídias, incluindo grandes marcas como Amazon, TikTok e Spotify. Neste quesito, apesar da infinidade de rivais, é de conhecimento geral que as pessoas gastam mais horas do seu dia no YouTube na televisão do que qualquer outro serviço de streaming, incluindo a Netflix.

Deste modo, Mohan almeja manter a audiência crescente. Uma tentativa recente para isso, por exemplo, foi a criação do Shorts para entrar no páreo dos vídeos de até 60 segundos do TikTok. É bem verdade que o produto se tornou um sucesso de audiência, mas demorou um certo tempo para conseguir anunciantes.

Além disso, a plataforma investe em garantir direitos de transmissão de eventos. Recentemente, o YouTube venceu a Apple e outros licitantes na disputa para transmitir as partidas de futebol americano da NFL Sunday Ticket por US$ 2 bilhões anuais.

Anunciantes

Mesmo com o YouTube sendo o “anfitrião” de grandes eventos ao vivo, ele é dependente de filmagens enviadas por produtores independentes para impulsionar a venda de espaço para anunciantes. Um dos atrativos para eles são as taxas de anúncios mais baixas do que serviços de streaming concorrentes e canais de televisão. Contudo, os programas televisivos conseguem atrair os espectadores com maior poder aquisitivo, de acordo com analistas do segmento.

Apesar de todos os apelos, a receita total de anúncios do YouTube apresentou queda por três trimestres seguidos. Mesmo assim, a companhia faturou US$ 40 bilhões em receita total durante os 12 meses encerrados em março, número este que inclui serviços de assinatura como o pacote de TV a cabo online do YouTube. A companhia, porém, não revelou o quanto gasta para manter a plataforma no ar.

Criadores

O CEO do YouTube tem feito alguns esforços para conhecer pessoalmente celebridades que atraem milhares de usuários para a plataforma — como Airrack (Eric Decker) e Safiya Nygaard. Entretanto, a aproximação pode não ser o suficiente para agradar os produtores de conteúdo. Afinal de contas, celebridades como Jimmy Donaldson (canal MrBeast) e os integrantes do Dude Perfect — responsáveis por popularizar o YouTube — já demonstraram publicamente as suas insatisfações com as frequentes mudanças na política da plataforma.

Além disso, também há a questão do repasse de verbas. Em fevereiro deste ano, o YouTube passou a compartilhar 45% das vendas de publicidade de Shorts com criadores selecionados. Porém, até o momento, os criadores disseram que a receita é mínima se comparada com a receita gerada pelos vídeos tradicionais.

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