Inflação tem previsão reduzida de 4,59% para 4,55% este ano

A estimativa foi revelada na última segunda-feira (20) por meio do Boletim Focus, de autoria do Banco Central

A estimativa do mercado financeiro para o Índice Nacional de Preços ao Consumidor Amplo (IPCA), levando em conta a inflação oficial do país, caiu de 4,59% para 4,55% em 2023. A previsão foi revelada no Boletim Focus, na última segunda-feira (20), que nada mais é do que uma pesquisa divulgada semanalmente pelo Banco do Brasil (BC) com a expectativa de instituições financeiras para os principais indicadores econômicos.

Para 2024, a projeção da inflação ficou em 3,91%. Enquanto para 2025 e 2026, as previsões são de 3,5% para os dois anos. No caso de 2023, a estimativa está acima do centro da meta de inflação, que deve ser perseguida pelo BC.

Sendo definida pelo Conselho Monetário Nacional (CMN), a meta é de 3,25% para este ano, com intervalo de tolerância de 1,5 ponto percentual para cima ou para baixo. Em outras palavras, o limite inferior é 1,7% e superior a 4,75%.

De acordo com a autarquia monetária brasileira, no último Relatório de Inflação, a chance do índice oficial ultrapassar o teto da meta em 2023 é de 67%. A projeção do mercado para a inflação de 2024 também está acima do centro da meta prevista, fixada em 3%, mas ainda situa-se dentro do intervalo de tolerância de 1,5 ponto percentual.

Em outubro, o aumento de preços das passagens aéreas influenciou o resultado da inflação. Por conta disso, o IPCA ficou em 0,24%, como aponta o Instituto Brasileiro de Geografia e Estatística (IBGE). O percentual foi abaixo da taxa revelada em setembro, que teve alta de 0,26%. Vale lembrar que a inflação acumulada em 2023 atingiu 3,75%. Nos últimos 12 meses, o índice está em 4,82%.

Influência dos juros básicos

Para atingir a meta desejada no que diz respeito à inflação, o BC usa como principal ferramenta a taxa básica de juros, conhecida como Selic, definida em 12,25% ao ano pelo Comitê de Política Monetária (Copom). Após diversas quedas em sequência no fim do primeiro semestre, a inflação voltou a subir na segunda metade do ano, mas essa alta já era esperada pelos economistas brasileiros.

Diante deste cenário, a autarquia cortou os juros pela terceira vez no semestre, em um ciclo que deve seguir com cortes de 0,5 ponto percentual nas próximas reuniões. Todavia, em comunicado emitido na semana passada, o Copom sugeriu que poderá mudar o tempo do período de cortes, caso as condições tornem mais difícil reduzir os juros.

Todavia, para o mercado financeiro, a Selic deve encerrar 2023 em 11,75% ao ano. Para o fim de 2024, a estimativa é de que a taxa básica caia para 9,25% ao ano. Já para 2025 e 2026, a previsão é que a Selic fique em 8,75% ao ano e 8,5%, respectivamente.

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