Ministro pode adiar Enem 2024 após graves enchentes no Rio Grande do Sul

A medida vem sendo estuda pela pasta com cautela; confira todos os detalhes

Segundo o ministro da Educação, Camilo Santana, na última quarta-feira (12), a pasta avaliou a necessidade de adiar a aplicação do Exame Nacional do Ensino Médio (Enem) no Rio Grande do Sul (RS), atingido por chuvas e enchentes desde o final do mês de abril.

O chefe do Ministério da Educação (MEC) disse que a pasta acompanha a situação para adotar eventuais ações em relação às provas do Enem, que estão previstas para os dias 3 e 10 de novembro deste ano. “Isentamos a taxa [de inscrição], estamos acompanhando o percentual de alunos inscritos, ampliamos a inscrição até sexta-feira. Vamos avaliar se para o Rio Grande do Sul vai precisar adiar, vamos avaliar até lá a necessidade de fazer uma prova exclusiva para o Rio Grande do Sul“, afirmou Camilo durante a audiência na Comissão de Educação da Câmara.

Possíveis medidas para contornar o cenário catastrófico

Além disso, ele relatou que a grande preocupação das autoridades competentes é o retorno imediato das aulas. Ainda segundo o ministro, há um grupo da pasta com secretários municipais e que já se reuniu com o governador do RS, Eduardo Leite (PSDB-RS), e com a secretária estadual de Educação, Raquel Teixeira. Vale lembrar que no dia 8 de maio, 95% da rede estadual já havia retomado as aulas.

Vale destacar que a reunião do MEC com a Casa Civil visa estabelecer três faixas de repasse para reformas ou reconstruções das escolas. “A gente não quer avaliar cada projeto de reforma, vamos definir três padrões de reforma. Aquela reforma que precisa só de uma pintura, o prefeito vai declarar isso, com valor fixo para três níveis para a gente repassar imediatamente“, explicou Camilo. O encontro aconteceu na tarde da última quarta-feira (12).

Posicionamento sobre a greve

A paralisação nas universidades já dura quase dois meses. Professores e funcionários técnico-administrativos das faculdades e institutos federais almejam um aumento salarial e a reconstrução do plano de carreira da classe. Até o momento, as negociações seguem sem uma perspectiva de consenso entre as partes envolvidas.

Como informado pelo ministro, o Governo Federal sempre esteve aberto para negociações e deu um reajuste acima da inflação no ano passado. “Esse governo reconhece o papel dos nossos servidores públicos federais nas universidades e institutos federais e a luta justa e defesa em relação às melhorias“, disse Camilo.

Nesta semana, o MEC anunciou um aporte financeiro de R$ 5,5 bilhões em investimentos do Novo PAC para melhorias e o presidente Luiz Inácio Lula da Silva (PT) pediu o fim da greve das instituições educacionais.

Não é por 3%, 2% ou 4% que a gente fica a vida inteira em greve. Vamos ver os outros benefícios. Vocês já têm noção do que foi oferecido? Vocês conhecem o que foi oferecido? Vocês conhecem? Porque no Brasil está cheio de dirigente sindical que é corajoso para decretar uma greve, mas não tem coragem de acabar com a greve“, disse o petista na ocasião.

Deixe uma resposta

Seu endereço de email não será publicado.